sábado, 23 de junho de 2012

Palavras bondosas e corteses


O Senhor Jeová me deu uma língua erudita, para que eu saiba dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça como aqueles que aprendem. Isaías 50:4.
O que Cristo foi em Sua vida na Terra, isso todo cristão deve ser. Ele é nosso exemplo, não só em Sua pureza imaculada, mas em Sua paciência, amabilidade e disposição cativante. Era firme qual rocha no que respeitava à verdade e ao dever, mas invariavelmente bondoso e cortês. Sua vida foi uma ilustração perfeita da verdadeira cortesia. Tinha sempre um olhar bondoso e uma palavra de conforto para o necessitado e oprimido. … Sua presença levava uma atmosfera mais pura para o lar, e Sua vida era qual fermento a levedar os elementos da sociedade. Inocente e imaculado, andou entre os inconsiderados, os rudes, os descorteses; em meio aos injustos publicanos, os malvados samaritanos, os soldados pagãos, os rudes camponeses e a multidão.
Dirigia uma palavra de simpatia aqui, outra palavra acolá, quando via homens cansados e obrigados a levar cargas pesadas. Partilhava de suas preocupações, e repetia-lhes as lições que aprendera da natureza, do amor, da bondade, da benevolência de Deus. Procurava inspirar esperança ao mais rude e pouco promissor, expondo-lhe a certeza de que poderia tornar-se inculpável e bondoso, alcançando um caráter que o tornaria conhecido como filho de Deus. …
Jesus assentava-Se como hóspede honrado à mesa dos publicanos, mostrando, por Sua simpatia e cortesia social que Ele reconhecia a dignidade dos homens; e os homens anelavam tornar-se dignos de Sua confiança. Em seu espírito sedento Suas palavras caíam com poder bendito e vivificante. Novos impulsos se despertavam, e abria-se àqueles rejeitados da sociedade a possibilidade de uma nova vida.
A religião de Jesus abranda tudo que é duro e rude no temperamento, e suaviza tudo que é áspero e escabroso nas maneiras. É esta religião que torna as palavras amáveis e cativante o comportamento. Aprendamos de Cristo a combinar um alto senso de pureza e integridade com uma disposição amável. O cristão bondoso e cortês é o mais poderoso argumento que se possa apresentar em favor do evangelho.
Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais, pág. 184.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Tempo de despertar


Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da Terra. Col. 3:2.
O filósofo e economista escocês Adam Smith ficava, às vezes, tão perdido em seus pensamentos que chegava a esquecer onde estava. Em um domingo de manhã, ele caminhava pelo seu jardim vestindo apenas um pijama. Logo, ficou tão absorto com a solução de um complexo problema teórico, que saiu do quintal para a rua. De fato, caminhou 15 quilômetros até um povoado vizinho, totalmente alheio ao que o rodeava.
Mas o forte repicar de sinos penetrou em algum nível da sua consciência, e ele entrou na igreja ainda pensando no problema. Os fiéis admiraram-se de ver o filósofo ali, vestido apenas com seu pijama. Smith estava tão absorto em seus pensamentos que perdeu contato com a realidade.
Embora achemos engraçado o distraído filósofo ter entrado de pijama na igreja, será possível que nós também fiquemos tão preocupados com a vida que percamos de vista as realidades eternas? Paulo declara: “Conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos.” Rom. 13:11.
Uma vez que “Satanás está disputando nossa salvação no jogo da vida” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 6, pág. 148), ele tenta distrair nossa mente com as coisas deste mundo. Tendo em vista a eternidade, agora é o momento de acordar para os seus enganos. A estratégia de Satanás é ocupar-nos com as coisas presentes, de modo que a eternidade tenha pouco espaço em nosso pensamento. Ele quer encher nossa mente com o terrenal de modo que não haja espaço para o celestial. Mas a resposta de Deus é: “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da Terra.” Col. 3:2.
A batalha entre Cristo e Satanás está sendo travada em nossa mente. Hoje, convide Jesus para controlar seus pensamentos. Convide-O para que reine, supremo, em sua mente. Dedique tempo para permitir que o Seu Espírito molde seus pensamentos, e seja você um vencedor.
Pr. Mark Finley – Sobre a Rocha.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Leais uns aos outros


Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmias, e toda malícia seja tirada de entre vós. Efésios 4:31.
Há os que pensam de si mais do que convém. Falam mal de seus irmãos porque, feito por estes um trabalho, o examinam e dizem quão diferentemente eles o teriam feito; no entanto, sua previsão não teria sido nada melhor do que a de seus irmãos, tivessem eles estado em seu lugar. …
Mantende-vos afastados da cadeira de juiz. Todo julgamento é dado ao Filho de Deus. … Satanás atua zelosamente para levar os homens a pecar neste ponto. Aqueles cuja língua é tão franca em proferir palavras de crítica, os habilidosos interrogadores que sabem extorquir expressões e opiniões que foram introduzidas no espírito mediante o lançar sementes de separação, esses são missionários seus. Sabem repetir as expressões extorquidas de outros, como sendo originadas por aqueles que eles tão astutamente levaram para terreno proibido. Essas pessoas parecem ver sempre algo que deva ser criticado e condenado. Entesouram tudo que seja de natureza desagradável, e então envenenam outros. Sua língua está pronta para exagerar todo o mal. Que grande bosque um pequeno fogo incendeia!
Nunca permitais que vossa língua e voz sejam empregados em descobrir e exagerar os defeitos de vossos irmãos; pois o registro do Céu identifica os interesses de Cristo com aqueles que Ele comprou com Seu próprio sangue. “Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos”, diz Ele, “a mim o fizestes.” Mateus 25:40. Devemos aprender a ser leais uns aos outros, ser verdadeiros como o aço na defesa de nossos irmãos. Olhai para vossos próprios defeitos. É melhor descobrirdes um de vossos próprios defeitos, do que dez de vosso irmão. Lembrai-vos de que Cristo orou por esses irmãos Seus, para que pudessem ser um, como Ele é um com o Pai. Lutai, no máximo de vossa capacidade, para estar em harmonia com vossos irmãos segundo a extensão da medida de Cristo, assim como Ele é um com o Pai. …
“Sede todos… compassivos, amando os irmãos.” 1 Pedro 3:8. O verdadeiro valor moral não procura elevar-se a um lugar mediante pensar mal e falar mal, desmerecendo outros. Toda inveja, todo ciúme, toda maledicência e incredulidade têm de ser afastados dos filhos de Deus.
Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais, pág. 181.

Influência das palavras

Mas Eu vos digo que de toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado. Mateus 12:36, 37.
Quando o profeta Isaías contemplou a glória do Senhor, ficou pasmado, e, dominado por uma intuição de sua própria fraqueza e indignidade, bradou: “Ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos!” Isaías 6:5. … Examine-se à luz do Céu todo aquele que diz que é filho ou filha de Deus; tome em conta os lábios poluídos, que o condenam. São eles meio de comunicação. … Não sejam pois, usados para tirar do tesouro do coração palavras que desonrem a Deus e desanimem os que vos cercam, mas usai-os para louvor e glória de Deus, que para esse fim os formou. … Quando o amor de Jesus é o tema de contemplação, as palavras provindas de lábios humanos serão cheias de louvor e ação de graças a Deus e ao Cordeiro.
Quantas palavras são pronunciadas leviana e tolamente, em gracejos e zombarias! Isso não seria assim se os seguidores de Cristo compreendessem a veracidade das palavras: “De toda palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.” Mateus 12:36.
A visão dada a Isaías representa a condição do povo de Deus nos últimos dias. … Ao, pela fé, olharem ao santo dos santos, e verem a obra de Cristo no santuário celestial, percebem que são povo de impuros lábios — povo cujos lábios muitas vezes proferiram vaidades, e cujos talentos não foram santificados e empregados para glória de Deus. … Mas… se se humilharem diante de Deus, há para eles esperança. O arco da promessa está acima do trono, e a obra realizada por Isaías será neles efetuada.
Sejam perfumadas as vossas palavras. Lembrai-vos de que sereis, ou um cheiro de vida para vida, ou de morte para morte. 2 Coríntios 2:16. Sejamos como flores perfumadas. Que o amor de Cristo nos perfume a vida. Sejam vossas palavras quais “maçãs de ouro em salvas de prata”. Provérbios 25:11.
Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais, pág. 180.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Educação da língua



Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. Efésios 4:29.
O apóstolo, vendo a tendência que havia, de abusar do dom da fala, dá instruções quanto ao seu uso. “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe”, diz ele, “mas só a que for boa para promover a edificação.” Palavra “torpe” aqui quer dizer qualquer palavra que dê impressão deprimente aos princípios santos e à religião pura, qualquer comunicação que ofusque a doutrina de Cristo, e apague da mente a verdadeira simpatia e amor. Inclui sugestões impuras, que, a menos que se lhes resista instantaneamente, levam a grave pecado. Sobre cada um se impõe o dever de impedir o caminho às comunicações corruptas.
É propósito de Deus que apareça em Seus filhos a glória de Cristo. Em todos os Seus ensinamentos, Cristo apresentou princípios puros, inadulterados. Ele não pecou, nem em Seus lábios se achou engano. Constantemente deles fluíam verdades santas, enobrecedoras. Falava como nunca homem algum falou, com uma ênfase que comovia o coração. … A palavra nunca esmorecia em Seus lábios. Com destemor expunha a hipocrisia de sacerdotes e príncipes, fariseus e saduceus.
A grande responsabilidade que envolve o dom da fala é plenamente revelada na Palavra de Deus. “Por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado” (Mateus 12:37), declarou Cristo. E o salmista pergunta: “Senhor, quem habitará no Teu tabernáculo? quem morará no Teu santo monte? Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente segundo o seu coração; aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhuma afronta contra o seu próximo.” Salmos 15:1-3.
Cultivai uma atitude mental devota, e educai a língua de modo que fale palavras retas, que abençoem em vez de desanimar. … Falai da bondade, da misericórdia e do amor de Deus. Removei todas as palavras de incredulidade, e tudo que é barato e comum. Sejam sadias as palavras, que não possam ser condenadas, e a paz de Deus por certo virá ao coração.
Ellen G. White, Nos Lugares Celestiais, pág. 177.