quarta-feira, 27 de junho de 2012

Nossas obrigações para com os pobres



Porque tive fome, e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-Me; estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estive na prisão, e fostes ver-Me. Mateus 25:35, 36.
Conquanto o mundo precise de simpatia, conquanto precise das orações e assistência do povo de Deus, conquanto precise de ver Cristo na vida de Seus seguidores, ao mesmo tempo o povo de Deus também precisa de oportunidades para expandir suas simpatias, dar eficiência a suas orações, e desenvolver em si um caráter semelhante ao do Modelo divino.
Foi para prover essas oportunidades que Deus colocou entre nós os pobres, os infelizes, os doentes e sofredores. São o legado de Cristo à igreja, e devem ser cuidados como Ele os cuidaria. Deste modo Deus tira a palha e purifica o ouro, dando-nos a cultura de coração e caráter de que carecemos.
O Senhor poderia levar a efeito a Sua obra sem nossa cooperação. Ele não depende de nosso dinheiro, nosso tempo ou nosso trabalho. Mas a igreja é muito preciosa a Sua vista. É o cofre que contém Suas jóias, o redil que abriga Seu rebanho, e Ele anseia vê-la sem mancha, ou ruga ou coisa semelhante. Ele a ama com amor indizível. Por isso é que nos deu oportunidades para trabalhar por Ele, e Ele aceita nossos esforços, como sinais de nosso amor e lealdade.
Colocando entre nós os pobres e os sofredores, o Senhor nos prova, para nos revelar o que está em nosso coração. … A cultura da mente e do coração é mais facilmente realizada quando sentimos pelos outros tão terna simpatia que concedamos nossos benefícios e privilégios para lhes aliviar as necessidades. Ganhar e reter para nós mesmos tudo que podemos, tende à pobreza de espírito.
Boas obras custam-nos sacrifício, mas é neste mesmo sacrifício que elas provêem disciplina. Estas obrigações nos levam em conflito com sentimentos e propensões naturais, e cumprindo-as alcançamos vitória após vitória sobre os traços objetáveis de nosso caráter.
O mundo se convencerá, não tanto pelo que o púlpito ensina como por aquilo que a igreja vive. O pregador anuncia a teoria do evangelho, mas a piedade prática da igreja demonstra o seu poder.
Ellen G. White, Cuidado de Deus, pág. 178.

Quem é meu próximo?


Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Romanos 12:10.
A vida cristã manifestar-se-á por pensamentos cristãos, palavras e conduta cristãs. Há em Cristo divina integridade de caráter. Em Cristo faremos as obras de Cristo. Havemos de ter em Cristo o senso de nossas estritas e abrangentes obrigações para com Deus e nossos semelhantes. … Há muitos laços que nos ligam a nossos semelhantes, à humanidade, e a Deus, e esta relação é solene com seu peso de responsabilidades.
Enquanto estivermos neste mundo, precisamos estar ligados uns aos outros. A humanidade é entrelaçada e entretecida com a humanidade. Como cristãos somos membros uns dos outros. … O Senhor nos designa, como filhos Seus, a quem Ele chama amigos, a ajudar-nos uns aos outros. Isso deve ser uma parte de nossa obra cristã prática.
Quem é meu próximo?” … É justo aquele que mais necessita de auxílio. Teu irmão, enfermo no espírito, necessita de ti como tu necessitas dele. Ele necessita da experiência de alguém que foi tão fraco como ele próprio, que pode compadecer-se dele e ajudá-lo.
Não permitais que as cordas da compaixão, que deviam vibrar tão prontamente ao mínimo toque, estejam frias como aço, congeladas, por assim dizer, e incapazes de ajudar onde o auxílio é necessário.
Procurai ajudar, fortalecer, beneficiar aqueles com quem estais em contato. O Senhor será misericordioso com os que forem misericordiosos. Será benigno e clemente com aqueles que exercem benignidade e compaixão e piedade para com os outros. Nós precisamos avaliar que estamos na escola de Cristo, não para aprender a estimar-nos a nós mesmos, como nos conduziremos de modo a receber honra dos homens, mas como podemos nutrir a mansidão de Cristo. O eu e o egoísmo estarão sempre lutando pela supremacia. É uma luta que precisamos ter com nós mesmos, para que o eu não tenha a vitória. Por Cristo podeis triunfar; por Cristo podeis vencer.
Ellen G. White, Nossa Alta Vocação, pág. 179.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Do Sábado para o Domingo



A transgressão da lei de Deus no início foi a porta de entrada para o pecado neste mundo e, ainda hoje, milhões continuam pisando os preceitos divinos.1 A substituição do sábado pelo domingo não é um assunto que a Igreja de Roma (Igreja Católica Apostólica Romana) negue ou procure esconder, pelo contrário, ela admite francamente e aponta na verdade com orgulho, como evidência de seu poder de alterar os mandamentos do Decálogo. Existem vários registros literários pertencentes a essa Igreja que comprovam esta modificação.
Na obra do Rev. Peter Geiermann, “The Convert’s Catechism of Catholic Doctrine“,2 que recebeu em 25 de janeiro de 1919 a bênção do Papa Pio X, extrai-se:
Pergunta: Qual é o dia de repouso?
Resposta: O dia de repouso é o sábado.
Pergunta: Por que observamos o domingo em lugar do sábado?
Resposta: Observamos o domingo em lugar do sábado porque a Igreja Católica transferiu a solenidade do sábado para domingo.
Pergunta: Por que a Igreja Católica substituiu o sábado pelo domingo?
Resposta: A Igreja substituiu o sábado pelo domingo, porque Cristo ressuscitou dos mortos num domingo, e o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos em um domingo.
Pergunta: Com que autoridade a Igreja substituiu o sábado pelo domingo?
Resposta: A Igreja substituiu o sábado pelo domingo pela plenitude do poder divino, que Jesus Cristo conferiu a ela.
O arcebispo de Nova Iorque, John McCloskey, aprovou a obra “A Doctrinal Catechism3 de autoria do Rev. Stephen Keenan na qual se obtém o seguinte:
Pergunta: A Igreja tem o direito de determinar dias de festa?
Resposta: A Igreja Cristã tem certamente o direito, o mesmo que a Igreja Judaica possuía.
(…)
Pergunta: Você tem outra maneira de provar que a Igreja tem o poder de instituir festas mediante preceito?
Resposta: Se ela não tivesse esse poder, não teria feito aquilo que todas as modernas religiões concordam com ela: – ela não teria substituído a observância do sábado, o sétimo dia, pela observância do domingo, o primeiro dia da semana; mudança para a qual não há autoridade Escriturística.
E, o Rev. Henry Turberville4 endossa as declarações do Rev. Stephen Keenan respondendo:
Pergunta: Como podeis provar que a Igreja tem poder para ordenar festas e dias santos?
Resposta: Pelo próprio fato de mudar o sábado para o domingo, com que os protestantes concordam; e dessa forma eles ingenuamente se contradizem, ao guardarem estritamente o domingo e transgredirem outros dias de festa maiores e determinados pela mesma Igreja.
O arcebispo James Gibbons confirma, também, que a Igreja de Roma é a autora da observância dominical adotada pelo cristianismo:
“Todavia podeis ler a Bíblia de Gênesis ao Apocalipse, e não encontrareis uma única linha autorizando a santificação do domingo. As Escrituras ordenam a observância religiosa do sábado, dia que nós nunca santificamos.”5 ”A Igreja Católica, a mais de mil anos antes da existência de um único protestante, em virtude de sua divina missão, mudou o dia de sábado para o domingo. (…) O descanso cristão é, por conseguinte, neste dia, o consequente reconhecimento da Igreja Católica como esposa do Espírito Santo, sem uma palavra divergente do mundo protestante.”6
O apologista francês, monsenhor Ségur, interpõe o protestantismo quanto a guarda do domingo dizendo:
“Foi a Igreja Católica que, por autorização de Jesus Cristo, transferiu este repouso para o domingo em memória da ressurreição de nosso Senhor. Dessa forma, a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que eles prestam, contradizendo-se a si próprios, a autoridade da Igreja.”7
O periódico “The Catholic Press of Sydney“,8 (Australian, 25 of august of 1900), declara:
“O domingo é uma instituição católica e a reivindicação à sua observância só pode ser defendida nosprincípios católicos. (…) Do princípio ao fim das Escrituras não há uma única passagem que autorize a transferência do culto público semanal do último dia da semana para o primeiro.”
Tomás de Aquino (Thomas Aquinas) foi um padre dominicano, teólogo e cognominado Doctor Communis ouDoctor Angelicus. Comentando sobre a mudança do sábado para o domingo, ele afirma:
“Na nova lei, a observância do dia do Senhor(a) tomou o lugar da observância do sábado não em virtude de preceito mas pela instituição da Igreja e o costume do povo cristão.”9
Eusébio, que foi bispo de Cesarea, ratifica a declaração de Tomás de Aquino, revelando:
Todas as coisas que era dever fazer no sábado, estas nós as transferimos para o dia do Senhor(b), como o mais apropriado para isso, este [domingo] é o principal na semana, é mais honroso que o sábado judaico.”10
Gaspare de Fosso, arcebispo de Reggio, por ocasião do Concílio de Trento fez a seguinte afirmativa:
“(…) O sábado, o mais glorioso dia da lei, foi modificado para o ‘dia do Senhor’(c). (…) Estes e outros assuntos similares não cessaram em virtude dos ensinamentos de Cristo (pois Ele declarou que não veio para destruir a lei e sim para cumpri-la), mas foram modificados pela autoridade da Igreja.”11
Karl Keating, apologético católico, defende o catolicismo e ataca o protestantismo declarando:
“Não obstante, os fundamentalistas se reúnem para adoração no domingo. Contudo, não existe evidência na Bíblia de que a adoração coletiva deveria ser feita aos domingos. (…) Foi a Igreja Católica que decidiu que o domingo seria o dia de adoração para os cristãos, em homenagem à ressurreição [de Jesus].”12
O teólogo e historiador católico, John Laux, acrescenta ainda:
“Alguns teólogos têm sustentado que Deus determinou precisamente o domingo como dia de adoração na ‘nova lei’, e que Ele mesmo, explicitamente, substituiu o sábado pelo domingo. Entretanto, esta é uma teoria totalmente desacreditada. Agora, é comumente aceito que Deus simplesmente concedeu à sua Igreja [Católica] o poder para dispor qualquer dia ou dias que achar apropriado como dias santos. A Igreja escolheu o domingo, o primeiro dia da semana, e no decorrer do tempo acrescentou outros dias como santos. (…) Se consultarmos a Bíblia unicamente, ainda deveremos guardar o santo dia de Descanso, que é o sábado.”13
A “Enciclopédia Católica” também esclarece a autoria da guarda do domingo entre os cristãos:
“Escrito pelo dedo de Deus em duas tábuas de pedra, este código divino foi recebido do Todo-Poderoso por Moisés entre os trovões sobre o Monte Sinai, e através dele se fez o fundamento da Lei Mosaica. Cristo resumiu estes mandamentos no duplo preceito da bondade – amor a Deus e ao próximo. (…) A Igreja [Católica], por outro lado, depois de mudar o dia de descanso do Sábado Judaico, ou sétimo dia da semana, para o primeiro, criou o Terceiro Mandamento referente ao domingo, como o dia para ser santificado como o dia do Senhor.”14
O reverendo católico John Anthony O’Brien, e professor de teologia (especialista em teologia moral e ética cristã), assim expõe a relação do protestante com a observância dominical:
“Todavia, visto que o sábado, não o domingo, é especificado na Bíblia, não é curioso que os não-católicos que professam obter sua religião diretamente da Bíblia e não da Igreja, observem o domingo em lugar do sábado? Sim, certamente, isto é inconsistente. (…) Eles mantêm o costume [de observar o domingo], apesar dele repousar sobre a autoridade da Igreja Católica e não sobre um texto explícito da Bíblia. Esta observância permanece como uma lembrança da Igreja Mãe da qual as seitas não-católicas se separaram - tal como um garoto que foge de casa mas ainda carrega em seu bolso uma fotografia da mãe ou uma mecha de seu cabelo.”15
Lutero dizia que as Sagradas Escrituras e não a tradição da Igreja Católica, representavam o guia de sua vida. Seu lema foi sola Escriptura (Bíblia e a Bíblia somente). John Eck, um dos mais destacados defensores da fé católica romana, atacou Lutero neste ponto reivindicando que a autoridade da Igreja de Roma encontrava-se acima das Escrituras. Ele desafiou Lutero no tocante à observância do domingo em lugar do sábado dizendo:
“As Escrituras ensinam: ‘Lembra-te do dia de sábado para o santificar; seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus.’ Entretanto, a Igreja mudou o sábado para o domingo com base em sua própria autoridade, e para isto você [Lutero] não tem Escritura.”16
A literatura católica “The Clifton Tracts17, volume IV, questiona os protestantes quanto a prática de observar o domingo:
“Vou propor uma pergunta simples e extremamente séria, e rogo a todos os que professam seguir ‘a Bíblia e a Bíblia somente’ a darem cuidadosa atenção. Ei-la: Por que você não santifica o dia de Descanso?
(…) Você irá me responder, talvez, que santifica o dia de Descanso; visto que você se abstém de todos os negócios do mundo e, diligentemente vai à igreja fazer suas orações, e, lê a sua Bíblia em casa, a cada domingo de sua vida.
Entretanto o domingo não é o dia de Descanso. Domingo é o primeiro dia da semana; o dia de Descanso é o sétimo dia da semana. O onipotente Deus não deu um mandamento na qual os homens deveriam santificar um dia em sete, mas Ele designou Seu próprio dia, e disse claramente: ‘Tu santificarás o sétimo dia’; e Ele atribuiu uma razão para a escolha deste dia ao invés dos outros – uma razão que pertence apenas ao sétimo dia da semana, e não pode ser aplicada aos demais. Ele disse: ‘Porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.’ O Deus Todo-Poderoso ordenou que todos os homens deveriam descansar de suas atividades no sétimo dia, porque Ele também descansou nesse dia: Ele não descansou no domingo, mas no sábado. (…) O onipotente Deus designou o sábado para ser santificado, não domingo. Por que você então santifica o domingo, e não o sábado?
(…) Você irá me dizer que o sábado era um descanso judaico, e que o descanso cristão foi mudado para o domingo. Mudado! Mas por quem? Quem tem autoridade para mudar um mandamento expresso do Deus Onipotente? Quando Deus disse: ‘Lembra-te do dia de sábado para o santificar’, quem ousaria dizer: ‘Não, tu podes trabalhar e fazer qualquer tipo de atividade secular no sétimo dia’; porém, tu santificarás o primeiro dia em seu lugar? Esta é a pergunta mais importante, à qual não sei como poderás responder.
Você é um protestante, afirma seguir a Bíblia e a Bíblia apenas; e neste assunto tão importante, como a observância de um dia em sete, como dia santo, você vai contra a clara letra da Bíblia e considera outro dia no lugar daquele em que ela ordena. O mandamento para santificar o sétimo dia é um dos Dez Mandamentos; você acredita que os outros nove ainda são obrigatórios; quem vos deu autoridade para modificar o quarto? Se você é coerente com os seus próprios princípios, se você realmente segue a Bíblia e a ela unicamente, você deve ser capaz de apresentar alguma parte do Novo Testamento na qual o quarto mandamento foi expressamente alterado. (…)
A atual geração de protestantes guarda o domingo em lugar do sábado, porque o recebeu como parte da religião cristã da geração passada, e esta recebeu da geração anterior, e assim por diante; geração após geração (…) deixou esta parte específica da fé e prática católica intocável. (…) Tanto você [protestante] como nós [católicos], na verdade, seguimos a tradição nesta questão; mas nós a seguimos crendo que faz parte da Palavra de Deus e que a Igreja [Católica] tem sido divinamente designada a sua guardiã e intérprete; você a segue, denunciando-a constantemente como uma guia falível e traidora, que freqüentemente ‘tem invalidado o mandamento de Deus’.”

Vídeo relacionado: O Sétimo Dia – Programa 04
abc. Acesse: O “dia do SENHOR”
1. TREZZA, C. A. (1970). A Suprema Esperança do Homem, 1.ª ed., São Paulo: CPB, p. 48.
2. GEIERMANN, P. (1995). The Convert’s Catechism of Catholic Doctrine, TEACH Services, Inc., p. 50; (Imprimi Potest: Francis J. Fagen, C.SS.R, provincial. Nihil Obstat: M. J. Bresnahan, censor librorum.Imprimatur: Joannes J. Glennon, S.T.D., archiepiscopus).
3. KEENAN, S. (1876). A Doctrinal Catechism, 3.ª ed., New York: Catholic Publishing House, p. 173-174; (Imprimatur: John McCloskey, arcebispo de Nova Iorque. Edição americana revisada e corrigida com base no Concílio do Vaticano I).
4. DOYLE, W. J. (1851). An Abridgment of the Christian Doctrine, Dublin: Published by James Duffy, chap. VIII, p. 56; (esta obra foi originalmente escrita pelo Rev. Henry Turberville em 1645, Douay – France, e, revisada pelo Rev. James Doyle).
5. GIBBONS, J. (1880). The Faith of Our Fathers: Plain Exposition and Vindication, 16.ª ed., Baltimore: Published by John Murphy & CO., chap. VIII, p. 111; (James Gibbons, arcebispo de Baltimore).
6. James Gibbons, Catholic Mirror, (Sept, 23, 1893), Press: Baltimore, Maryland, p. 29-31.
7. SÉGUR, L. G. (1868). Plain Talk About the Protestantism of To-Day, Boston: Patrick Donahoe, p. 225; (Imprimatur: Joannes Josephus, episcopus of Boston).
8. Quoted in: HAYNES, B. C. (2005). From Sabbath to Sunday, Review and Herald Pub Association, chap. 4, p. 47.
9. Thomas Aquinas. (1702). Summa Theologica, part. II, q. 122, art. 4; (New York: Benzinger Brothers, Inc., 1947).
10. Eusebius’s Commentary on the Psalms (Psalm 92: A Psalm or Song for the Sabbath-day). Too in:Migne’s Patrologia Graeca, vol. XXIII, col. 1171-1172.
11. Gaspare [Ricciulli] de Fosso, pronunciamento na 17.ª Sessão do Concílio de Trento (18 de janeiro de 1562). In: MANSI, Sacrorum Conciliorum, vol. 33, cols. 529-530. Quoted in: Nisto Cremos. (2003). 7.ª ed., São Paulo: CPB, cap. 19, p. 347-348; McCLINTOCK, J. (1855). History of the Council of Trent, New York: Harper & Brothers, book, IV, chap. III, p. 298.
12. KEATING, K. (1988). Catholicism and Fundamentalism: The Attack on “Romanism” by “Bible Christians“, San Francisco: Ignatius Press, p. 38; (Nihil Obstat: Rev. Msgr. Joseph Pollard, S.T.D., censor librorum. Imprimatur: Most Rev. Roger Mahony, archebishp of Los Angeles).
13. LAUX, J. J. (1936). Course in Religion for Catholic High Schools and Academies, vol. I, New York: Benzinger Brothers Inc., p. 51.
14. Commandments of God. (1913). The Catholic Encyclopedia, vol. IV, New York: The Encyclopedia Press, Inc., p. 153a; (Nihil Obstat: Remy Lafort, S.T.D., censor. Imprimatur: John Cardinal Farley, archbishop of New York).
15. O’Brien, J. A. (1974). The Faith of Millions: The Credentials of the Catholic Religion, revised edition, Huntington: Our Sunday Visitor Inc., p. 400-401; (Imprimatur: Leo A. Pursley, bishop of Fort Wayne-South Bend).
16. ECK, J. (1979). Enchiridion of Commonplaces Against Luther and Other Enemies of the Church, 2.ª ed., vol. 8, Grand Rapids: Baker, p. 13. Too in: WEBER, M. (2002). Desecration, Danger, Deliverance: What the Bible Really Says About the Rapture, Review and Herald Publishing Association, p. 109; Nisto Cremos. (2003). 7.ª ed., São Paulo: CPB, cap. 19, p. 347.
17The Clifton Tracts, 1856, vol. IV, New York: Edward Dunigan & Brother, p. 3-15; (sancionado pelo bispo de Clifton, cardeal Wiseman e, aprovado pelo Rev. John Hughes, arcebispo de Nova Iorque).

O Protestante e o Domingo


“A atual geração de protestantes guarda o domingo em lugar do sábado, porque o recebeu como parte da religião cristã da geração passada, e esta recebeu da geração anterior, e assim por diante; geração após geração (…) deixou esta parte específica da fé e prática católica intocável. (…) Tanto você [protestante] como nós [católicos], na verdade, seguimos a tradição nesta questão; mas nós a seguimos crendo que faz parte da Palavra de Deus e que a Igreja [Católica] tem sido divinamente designada a sua guardiã e intérprete; você a segue, denunciando-a constantemente como uma guia falível e traidora, que freqüentemente ‘tem invalidado o mandamento de Deus’.”1
As diversas igrejas protestantes admitem que não há orientação bíblica para alterar o sábado descrito no quarto mandamento da lei de Deus, mas, incoerentemente, mantêm o domingo em seu lugar argumentando que a ressurreição de Cristo ocorrida no primeiro dia da semana é a “base” para tal substituição. Além desta contradição, são incapazes de demonstrar nas Escrituras algo que sustente esta suposta mudança. No geral, as justificativas apresentadas pelos protestantes para defender a guarda dominical são idênticas àquelas encontradas no Catecismo da Igreja Católica,2 sendo comum, também, o uso de textos patrísticos(a).
Independente destes fatos, segue adiante declarações literárias oficiais de fundadores do protestantismo, de teólogos e comentaristas bíblico protestantes que revelam a precariedade e a inconsequência da observância dominical.
Igreja Anglicana
“O resultado desta consideração é: que o ‘dia do Senhor’ [domingo](b) não sucedeu o lugar do sábado, mas o sábado foi completamente revogado; o ‘dia do Senhor’ é meramente uma instituição eclesiástica. Não foi estabelecido em virtude do quarto mandamento. (…) Fizeram isso sem qualquer conceito ou obrigação primordial. (…) Os cristãos primitivos realizavam toda espécie de trabalho no ‘dia do Senhor’, mesmo em tempos de perseguição, eles foram os mais rigorosos observadores de todos os mandamentos divinos.”3
“Temos, no entanto, a lamentar que, apesar da forte autoridade bíblica em que esta questão repousa, nos últimos anos tem surgido aqueles que atacam a origem divina e a obrigação permanente do sábado. O inimigo das almas é incansável em seus planos contra a felicidade e a salvação dos homens. (…) É impossível ler a Bíblia, começando com suas primeiras revelações, direcionar a análise para o presente, sem ver que a idéia de um sábado permeia todos os propósitos de Deus para o homem.
(…) A razão para a observância do sábado está firmada na criação, não envolve unicamente o judeu, mas atodos os que encontram-se dentro dos mais distantes limites da criação; e por que, então, deveria o judeu ser o primeiro a comemorar um evento tão glorioso e de caráter universal, ocorrido mais de dois mil anos antes de seu tempo? (…) Um coração naturalmente avesso as coisas de Deus (tal qual cada homem possui) ansiosamente aproveitará qualquer argumento que irá servir o seu propósito e, acima de tudo, um argumento para destruir as reivindicações do dia que tem sido dedicado para expressar a comunhão com Deus.”4
Igreja Assembléia de Deus
“Jesus é o Senhor do sábado e Ele (não a tradição) determina o que é ‘legal’ fazer ou não neste dia santo. O sábado foi estabelecido para o nosso benefício, e não como um peso para a humanidade (Mc 2.27). O princípio dominante é que o sábado foi criado para se fazer o bem. Aquilo que funciona como uma resposta às necessidades humanas exalta o princípio do sábado, ao invés de transgredi-lo. Finalmente, até Deus está ativo aos sábados; portanto Jesus tinha o direito de fazer Suas boas obras neste dia santo (Jo 5.17).”5 ”O fato de Deus ter abençoado o sétimo dia significa que Ele o separou para uso santo. Este ato é encontrado nos Dez Mandamentos (Êxodo 20:1-17), no qual Deus ordenou a observância do sábado. (…)”6
“E abençoou Deus o Dia Sétimo. Deus abençoou o sétimo dia (i.e., o sábado) e o destinou, tanto como dia sagrado e especial de repouso, como um memorial do término de todas as Suas obras criadas. Deus, posteriormente, fez do sábado um dia de bênção para seu povo fiel (Êx 20.8-11). Reservou-o para ser um dia de descanso, de culto, adoração e comunhão com Ele (Êx 16.2731.12-17).”7
“(…) Mas, e se encararmos a Lei como um todo sem emendas? Neste caso, a violação de um dos regulamentos da Lei nos torna ‘transgressores’, da mesma forma que a violação de qualquer outro regulamento. Imagine que nós enchamos um balão e escrevamos cada um dos Dez Mandamentos em uma parte diferente de sua superfície. Por mais que tentemos, é impossível tomar um alfinete e romper somente aquela parte do balão. O balão é um todo. Qualquer que seja a parte que rompamos, estaremos rompendo o todo. Como a Lei é um conjunto sem emendas, violar a Lei em um só ponto faz com que a pessoa torna-se uma transgressora.”8
Igreja Batista
Havia e  um mandamento para santificar o dia de Descanso, mas esse dia de Descanso não é o domingo. Será dito, no entanto, e com alguma demonstração de triunfo, que o sábado foi transferido do sétimo para o primeiro dia da semana, com todos os seus direitos, privilégios e sanções. (…) Onde o registro dessa mudança pode ser encontrado? Não no Novo Testamento, absolutamente. Não há evidência bíblica de mudança da instituição do descanso do sétimo para o primeiro dia da semana.
(…) Parece inexplicável que Jesus, durante a relação de três anos com Seus discípulos, muitas vezes conversando com eles sobre a questão do sábado, debatendo alguns de seus vários aspectos, livrando-o de falsos esclarecimentos, nunca mencionou qualquer transferência do dia; igualmente, durante quarenta dias de vida após a Sua ressurreição, isso não foi estabelecido. Nem tampouco os inspirados apóstolos, pregando o evangelho, fundando igrejas, aconselhando e instruindo os conversos, discutiram ou abordaram este assunto.
(…) O domingo veio a entrar na história da igreja primitiva como um dia religioso. (…) Mas que pena que ele veio estigmatizado com a marca do paganismo e batizado com o nome do deus sol(c), quando adotado e sancionado pela apostasia papal(d), e transmitido como legado sagrado ao protestantismo!”9
Percebemos a partir deste ponto de vista, contudo, a importância e o valor do sábado, como ato comemorativo da criação de Deus e, portanto, a personalidade, soberania e transcendência de Deus. O sábado é de obrigação perpétua como memorial estabelecido por Deus à Sua atividade criadora. (…) Estruturado na criação, aplica-se ao homem como homem, em toda parte e época, em seu atual estado de existência.
Nem nosso Senhor nem Seus apóstolos ab-rogaram o sábado do Decálogo. A nova dispensação anula as prescrições mosaicas relativas à maneira de guardar o sábado, mas, paralelamente declara sua observância como de origem divina e necessária a natureza humana. (…) Cristo não cravou na Sua cruz cada mandamento do Decálogo. Jesus não se defende da acusação de transgressor do sábado declarando que o sábado foi abolido, mas estabelece o verdadeiro caráter do sábado em atender uma necessidade humana fundamental (Marcos 2:27).”10
Igreja Congregacional
“O sábado, como tem sido observado, foi originalmente determinado para a comemoração da glória divina manifestada na criação do mundo; e para preparar e aperfeiçoar a santidade no homem. A maneira, na qual devemos comemorar a glória de Deus na obra da Criação, neste dia, é suficientemente nos ensinada pela forma, em que o primeiro sábado foi celebrado. (…) No sábado, afastamos todas as atividades mundanas. Uma pausa solene é feita nas ocupações da vida. Um período feliz de descanso nos é fornecido para obtermos a nossa salvação. Nesse tempo nenhum negócio do mundo é incluído; sem prazeres mundanos indevidos; nenhum pensamento mundano para interferir.”11
“Se os deveres dos cristãos no sábado são reduzidos, seja em número ou intensidade; então seus privilégios religiosos retribuídos são precisamente inferiores aos dos judeus. Os deveres no sábado são todos privilégios de natureza elevada e gloriosa; não podem deixar de serem considerados por cada bom homem. Não falo, aqui, sobre a regulamentação de leis civis dos judeus, estas não têm nada a haver com o tema da presente discussão. Eu falo do sábado, como instituído no sétimo dia, como instituído imediatamente após o término da criação; como ordenou novamente o quarto mandamento do Decálogo, como explicado e compelido, pelos profetas, particularmente por Isaías.”12
“Então, por que observamos o primeiro dia da semana como o descanso cristão? Não há mandamento na Bíblia, exigindo-nos a observar o primeiro dia da semana como o descanso cristão. Se admitirmos o dever de manter o primeiro dia da semana como o descanso cristão, devemos fundamentar a obrigação deste dever, sobre a instituição original como prescrito no quarto mandamento – e temos que admitir que depois da ressurreição de Cristo, uma mudança do dia, do sétimo para o primeiro dia da semana, ocorreu. Mas, não háum mandamento registrado na Bíblia, ordenando essa mudança.”13
“(…) É bastante claro que por mais rígida e dedicadamente possamos passar o domingo, não estamos guardando o sábado. (…) O sábado foi estabelecido por meio de um mandamento específico e divino. Não podemos invocar nenhum mandamento como dever de observar o domingo. (…) Não há uma única frase no Novo Testamento que sugerira que estaremos sujeito a alguma penalidade por violar a suposta santidade do domingo.”14
Igreja Discípulos de Cristo
“‘Porém’, dizem alguns, ‘foi mudado do sétimo para o primeiro dia.’ Onde? Quando? E por quem? Nenhum homem pode dizer. Não, ele [o sábado] nunca mudou, nem poderia mudar. (…) São, unicamente, fábulas antigas para tagarelar sobre a mudança do sétimo para o primeiro dia. Se ele mudou, foi esse personagem imponente que o fez, ele muda os tempos e leis ex officio - eu acho que o nome dele é doutor anticristo.”15
“Em Seus avanços contra o governo perverso e a falsa religião; em Seus planos para acabar com todo o domínio e idolatria pagã; (…) e restaurar a ordem no mundo, o Altíssimo, como as Escrituras comprovam, tem demonstrado muita sabedoria e sensatez ao assegurar a memória do passado, através de monumentos públicos, instituições civis e ordenanças religiosas; assim como Ele revelou onisciência e presciência do futuro através de tipos, símbolos e profecias. Os eventos memoráveis, pelos quais estes monumentos foram erigidos, formam o verdadeiro coração e essência de todas as crenças judaica e cristã, como pode ser visto pelo: (…) 2. O sábado o dia memorial de Seu descanso da criação; 3. A base original da sociedade política, o matrimônio do Éden (…)”16
“Chamar ‘o dia do Senhor’, ‘primeiro dia’ da semana, um dia de Sábado, é totalmente desautorizado pelas Escrituras. Não há nenhuma sanção do Líder da Igreja [Jesus], dos apóstolos ou dos profetas.”17
Igreja Luterana
“Além dessas coisas, há uma controvérsia se os bispos ou pastores têm autoridade de instituir cerimônias na Igreja, elaborar leis a respeito de alimentos, dias santos, títulos, ordenação de ministros, etc. (…) Eles [católicos] referem-se ao dia de sábado, como tendo sido mudado para o dia do Senhor, contrário, ao Decálogo, como afigura-se. Nem sequer existe qualquer exemplo [nas Escrituras] na qual eles determinem ainda a alteração quanto ao dia de sábado. Grande dizem eles, é o poder da Igreja, uma vez que temdispensado um dos Dez Mandamentos.”18
“Contudo, eles erram em ensinar que o domingo ocupou o lugar do sábado do Antigo Testamento e portanto deve ser mantido assim como o sétimo dia que tem sido guardado pelos filhos de Israel. (…) Essas Igrejas erram em seus ensinos, pois a Escritura de modo algum estabelece o primeiro dia da semana em lugar do sábado. Simplesmente não há nenhuma lei no Novo Testamento para isso.”19
“Deus não santificou para Si o céu, a terra, ou qualquer criatura. Mas Deus santificou para Si mesmo o sétimo dia. Isto foi sobretudo designado por Deus, para nos fazer entender, que o ‘sétimo dia’ deve ser especialmente dedicado ao culto divino. (…) O sábado portanto, desde o início do mundo, foi separado para adorar à Deus. Esta prática essencial, em sua pureza, se tivesse continuado sem desvio, teria proclamado a glória e as bênçãos de Deus. Homens teriam falado reunidos, no dia de sábado, sobre a bondade do seu Criador, teriam orado a Ele, teriam trazido a Ele as suas ofertas e etc. Todas estas coisas estão implícitas e representadas na expressão ‘santificar’.
(…) Nem tampouco Adão, se tivesse permanecido no paraíso em sua completa pureza original, teria vivido uma vida de ociosidade. Ele teria ensinado seus filhos no dia de sábado; ele teria em tributo, exaltado a Deus por meio de seus solenes louvores através de proclamação pública; teria impulsionado a si mesmo e a outros a oferecer agradecimentos, pela contemplação das grandiosas e gloriosas obras de Deus.”20
Igreja Metodista
Não há nenhuma indicação aqui(e) que o Sábado foi abolido, ou que seu objetivo moral foi substituído, pela introdução do cristianismo. Tenho demonstrado em outros lugares que, ‘lembre do dia de Sábado para santificá-lo’, é um mandamento de obrigação perpétua, e nunca pode ser substituído, exceto pelo derradeiro término do tempo. Como ele é um tipo de descanso que permanece para o povo de Deus, uma eterna bem-aventurança, ele deve continuar em pleno vigor até que chegue a eternidade; nenhum tipo jamais cessa até que o antítipo venha.”21
“‘Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo’. Você tem esquecido quem disse estas palavras? Ou você está desafiando-O? Você oferece a Ele o seu pior? Tenha cuidado. Você não é mais forte que Ele. ‘Ai daquele que contende com seu Criador, daquele que não passa de um caco entre os cacos no chão. Ele Se assenta no Seu trono, acima da cúpula da Terra, cujos habitantes são pequenos como gafanhotos.’(f)
‘Seis dias farás toda a obra. Mas o sétimo dia é sábado do Senhor teu Deus.’ Não é teu, mas o dia de Deus. Ele reivindica-o para Si mesmo. Ele sempre o reivindicou para Si próprio, desde o início do mundo. ‘Em seis dias o Senhor fez o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou. Por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.’ Ele o santificou; ou seja, Ele o fez sagrado; Ele o reservou para o Seu próprio serviço. Ele determinou que, enquanto o Sol ou a Lua, os céus e a Terra, durarem, os filhos dos homens devem passar este dia em adoração à Ele que ‘deu-lhes fôlego de vida e todas as coisas.’”22
“Sábado. Esta palavra, no idioma hebraico, significa descanso. É uma instituição de ordem divina, e de duplo propósito, ou seja, descanso das atividades seculares e desenvolvimento de serviço santo (Êxodo 20:8-11;Levítico 23:3Atos 15:21). A época de seu estabelecimento foi ao final da criação (Gênesis 2:3). (…) Que esta instituição ainda está em vigor entre todos os homens é evidente pelo fato de que o quarto mandamento, que o contém, nunca foi revogado. É mais evidente de acordo com o exemplo dos apóstolos e dos primeiros cristãos.”23
“É verdade que não há mandamento autorizando o batismo infantil. Tampouco existe algum que mantenha sagrado o primeiro dia da semana. Muitos acreditam que Cristo mudou o sábado. Mas, a partir de Suas próprias palavras, observamos que Ele não veio com essa finalidade. Aqueles que acreditam que Jesus mudou o sábado se baseiam apenas em hipóteses.”24
Igreja Presbiteriana
“Tem sido frequentemente afirmado que, durante Seu próprio ministério, o nosso Salvador encorajou Seus discípulos a violar o sábado, e, assim, preparou o caminho para a sua abolição. No entanto, esta teoria é tãodestituída de fundamento quanto perigosa aos princípios morais. (…) Jesus nunca transgrediu nem a letra ou o espírito de qualquer mandamento pertencente ao santo descanso; mas a superstição tinha acrescentado à lei escrita uma multidão de minuciosas observâncias; e cada israelita estava em perfeita liberdade para negligenciar qualquer uma ou todas essas regulamentações frívolas.
O Grande Mestre nunca insinuou que o sábado era uma lei cerimonial que findou com a liturgia mosaica. Ele foi instituído quando nossos primeiros pais estavam no paraíso (Gênesis 2:3); e o preceito que ordena a sua lembrança, sendo uma parte do Decálogo (Êxodo 20:1-17), é de obrigação perpétua. Por isso, em vez de considerá-lo como uma simples instituição judaica, Cristo declara que ele ‘foi feito para o homem’ (Marcos 2:27), ou, em outras palavras, que ele foi planejado para o benefício de toda a família humana.
(…) Quando Ele anuncia as calamidades relacionadas com a ruína da cidade santa, Ele instrui Seus seguidores a orar para que a urgência da catástrofe não os despojem do bem-estar da ordenança sagrada de descanso. ‘Rogai‘, disse Ele, ‘que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado’ (Mateus 24:20). E o profeta Isaías(g), ao descrever a congregação dos gentios e a glória da Igreja nos tempos do evangelho, menciona a guarda do sábado como característica dos filhos de Deus.”25
“O sábado é uma parte do Decálogo, os Dez Mandamentos. Isso por si só, sempre resolve a questão da perpetuidade da instituição. (…) Sendo assim, até que seja demonstrado que toda a Lei Moral fora revogada, o sábado permanecerá. (…) O ensinamento de Cristo confirma a perpetuidade do sábado.”26
“A história do sábado, a partir da ressurreição de Cristo até o presente momento, apresenta as seguintes fases: 1. A mudança do dia a ser observado, do último dia da semana para o primeiro. Não há nenhum registro expresso autorizando esta mudança. (…) A primeira fase abrange os três primeiros séculos da era cristã. Durante este tempo, o sábado foi observado com um bom grau de rigor, como um dia de ensino religioso e de culto. (…) 2. Com a crescente corrupção religiosa, entre os séculos terceiro e décimo sexto, o sábado chegou a ser gradualmente associado com os dias dos santos(h), e foi degradado, como atualmente, em países onde o Romanismo prevaleceu. (…) No entanto, onde o evangelho foi pregado em sua pureza, nesse lugar o sábado foi absolutamente observado.”27

e. Discorrendo sobre Colossenses 2:16.
f. Citando Isaías 45:9 cf Isaías 40:22.
g. Em referência a Isaías 56:6-8.
h. O sábado passou a ser destinado, pelos cristãos apostatados, para comemorar (festejar) homens e mulheres que eram considerados santos pela Igreja Católica Apostólica Romana.
1The Clifton Tracts, 1856, vol. IV, New York: Edward Dunigan & Brother, p. 11-15; (sancionado pelo bispo de Clifton, cardeal Wiseman e, aprovado pelo Rev. John Hughes, arcebispo de Nova Iorque).
2Catecismo da Igreja Católica Apostólica Romana, parte II, seção I, cap. II, art. I (O Dia do Senhor); Ibidem, parte II, seção II, cap. I, art. 3 (O Terceiro Mandamento).
3. HEBER, R. (1828). The Whole Works of the Right Rev. Jeremy Taylor, D.D., vol. XII, London: Printed by Thomas Davison, book II, chap. II, p. 417, 426.
4. “The Christian Sabbath”. (1836). The Church of England Magazine, vol. I, London: Printed by Robson, Levey, p. 17-19.
5. RICHARDS, L. O. (2008). Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, 3.ª ed., Rio de Janeiro: CPAD, p. 150b.
6Bíblia de Estudos Aplicação Pessoal, 2004, ed. CPAD, p. 7; (comentários sobre Gênesis 2:3).
7Bíblia de Estudo Pentecostal, ed. CPAD, comentários sobre Gênesis 2:3.
8. RICHARDS, L. O. (2008). Obcit., p. 514b.
9. Edward T. Hiscox, New York Examiner, Nov. 16, 1893. Quoted in: REINER, E. (2001). The Atonement, Brushton-NY: Teach Services, Inc., p. 170-171.
10. STRONG, A. H. (1907). Systematic Theology, vol. II, Philadelphia: American Baptist Publication Society, chap. IV, sec. I, p. 408-409.
11. DWIGHT, T. (1836). Theology: Explained and Defended in a Series of Sermons, vol. III, New Haven: Published by T. Dwight & Son, ser. CVIII, p. 265, 267.
12Ibidem, p. 270; (cf. Isaías 56:1-8; Isaías 58:13-14; Isaías 66:22-23).
13. FOWLER, O. (1835). Mode and Subjects of Baptism, Boston: Published by Willian Peirce, p. 93; (publicado a pedido da Igreja Congregacional).
14. DALE, R. W. (1901). The Ten Commandments, New York: Geoge H. Doran Company, p. 100-101.
15. CAMPBELL, A. (1835). The Christian Baptist, vol. I, 2.ª ed., Cincinnati: Published by D. S. Burnet, p. 44b; (seven volumes in one).
16. SCOTT, W. (1859). The Messiahship, Cincinnati: H. S. Bosworth, chap. XXIX, p. 164.
17. CAMPBELL, A.; PENDLETON, W. K. (1863). The Millennial Harbinger, series V, vol. VI, Bethany, VA: Printed and Published by Alexander Campbell, p. 159. Too in: Alexander Campbell, First Day Observance, p. 19; (Quoted in: HULLQUIST, C. G. (2004). Sabbath Diagnosis: A Diagnostic History and Physical Examination of the Biblical Day of Rest, New York: Teach Services, Inc., p. 175).
18The Augsburg Confession. (1530). Part. II, article XXVIII (Of Ecclesiastical Power). Too in: JACOBS, H. E. (1911). The Book of Concord: The Symbolical Books on the Evangelical Lutheran Church, Philadelphia: The United Lutheran Press, p. 63; SCHAff, P. (1877). The Creeds of Christendom, New York: Harper & Brothers, vol. III, 4.ª ed., p. 63-64.
19. MUELLER, J. T. Sabbath or Sunday, St. Louis, MO: Concordia Publishing House, p. 15-16. Quoted in: ALEXANDER, D. (2011). Hold On, Someone is on the Other Line!, USA: Xlibris Corporation, p. 240; BUCKLEY, J. W. (2007). Prophecy Unveiled: Understanding the Past Predicting the Future, USA: Xulon Press, p. 118.
20. COLE, H. (1858). The Creation: A Commentary on the First Five Chapters of the Book of Genesis by Martin Luther, Edinburgh: T. & T. Clark, p. 110-115; (originalmente publicado em Wittenberg, 1544).
21. CLARKE, A. (1831). The New Testament of our Lord and Saviour Jesus Christ, vol. II, New York: Published by Peter C. Smith, chap. II, p. 539a.
22. EMORY, J. (1856). The Works of the Rev. John Wesley, vol. VI, New York: Published by Carlton & Porter, p. 352-353; (terceira edição americana baseada na última edição londrina, contendo as últimas correções de John Wesley).
23. BINNEY, A. (1840). A Theological Compend: A System of Divinity, New York: Published by Carlton & Porter, p. 105; (Rev. Amos Binney, of the New England Conference).
24. BINNEY, A. (1902). A Theological Compend, p. 180-181. Quoted in: HULLQUIST, C. GARY. Opcit., p. 178; LAUREN, P. (2011). Returning to God, Pittsburgs-PA: Dorrance Publishing, p. 64.
25. KILLEN, W. D. (1859). The Ancient Church: History, Doctrine, Worship and Constitution, Traced for the First Three Hundred Years, London: James Nisbet & CO., sec. III, chap. I, p. 211-212.
26. BLAKE, T. C. (1880). Theology Condensed, Nashville: Cumberland Presbyterian Pub. House, p. 474-475. Quoted in: FORTSCH, C. R. (2006). Daniel: Understanding the Dreams and Vision, Canada: Transcontinental Saskatoon, p. 365a; PACK, D. C. (2009). Saturday or Sunday: Which is the Sabbath?, USA: iUniverse, p. 12.
27. RICE, N. L., et al. (1863). The Christian Sabbath: History, Authority, Duties, Benefits and Civil Relations, New York: Robert Carter & Brothers, p. 60, 65-66; (“The Origen and History of the Sabbath“, by the Rev. Nathan Lewis Rice).